quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Conheça os tipos mais comuns de câncer ocular




Assim como cuidados com a prevenção, o câncer ocular precisa do diagnóstico precoce. Entre as crianças, o mais comum é o retinoblastoma, tumor que atinge a retina e, muitas vezes, é diagnosticado por acaso, quando a criança apresenta um brilho branco nos olhos ao tirar uma foto. Já entre os adultos, há dois tipos de câncer que merecem atenção: o melanoma e o linfoma. Há também o câncer que tem origem em outro órgão, como mamas e pulmão, e depois acaba atingindo a região dos olhos.

“O tumor ocular, quando diagnosticado e tratado logo no início em crianças pequenas, tem grandes chances de cura. Ao invés daquele reflexo vermelho provocado pelo flash da máquina fotográfica, quando se nota um reflexo branco nos olhos de um bebê é sinal de que algo está errado e de que é preciso levá-lo a um oftalmologista sem demora. O retinoblastoma é um tipo comum de câncer infantil, causado pelo crescimento de um tumor na camada celular da retina. Hereditariedade é fator de risco que corresponde a apenas 10% dos casos. Os outros 90% ainda têm causas desconhecidas. Portanto, é importante prestar muita atenção aos olhos do bebê desde que nasce – conferindo sempre os reflexos nas fotos”, explica o oftalmologista Renato Neves, diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos, em São Paulo.

O melanoma ocular, ou câncer de pele, pode atingir tanto a parte interna do globo ocular (úvea), quanto a membrana que reveste e protege a córnea (conjuntiva). “O melanoma ocular costuma ser assintomático, daí a importância da prevenção. Quando alguns sinais começam a ser percebidos pelo paciente – com queixa de alterações visuais constantes, moscas volantes, flashes luminosos, e até mesmo descolamento da retina – é porque a doença se encontra num estágio com prognóstico pouco favorável. Normalmente, esse tipo de câncer ocular acomete pessoas entre 40 e 60 anos de idade, sendo necessário fazer um mapeamento da retina, bem como uma ultrassonografia, além dos exames oftalmológicos comuns”, alerta o especialista.

Já o linfoma ocular, embora raro, é mais fácil de ser diagnosticado, uma vez que se caracteriza pelo crescimento anormal de uma massa de tonalidade rósea sobre a conjuntiva, atrapalhando assim a visão até mesmo quando se esconde nos cantos das pálpebras. Somente a biópsia poderá dizer quando é um tumor benigno ou maligno. “Pessoas com o sistema imunitário mais vulnerável, como pacientes em tratamento de Aids, são mais suscetíveis ao câncer ocular do tipo linfoma. Já os fatores de risco para o melanoma ocular incluem pessoas brancas, olhos claros (verdes ou azuis), idade superior a 45 anos, doenças hereditárias, excesso de exposição ao sol e determinadas ocupações (pessoas que trabalham no campo, em alto-mar, ou nas praias). Em todo caso, além de proteger sempre bem os olhos, vale a pena visitar um oftalmologista a cada dois anos a partir dos 40 anos, ou sempre que sentir alterações na visão, incluindo reflexos fotográficos diferentes dos normais”, finaliza o médico.

Fonte: Casa Saudável

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